Marcha para o Oeste - 8 ANO

Durante o século XIX, aconteceu nos Estados Unidos o que ficou conhecido como “marcha para o oeste”. Esse processo consistiu, basicamente, na expansão territorial da nação, originalmente surgida das treze colônias, em direção ao oeste. Nessa expansão, os americanos ocuparam as planícies da região central do que hoje compõe os Estados Unidos e a alcançaram a costa oeste, banhada pelo Oceano Pacífico.

O aumento do território dos Estados Unidos iniciou-se logo após a vitória contra a Inglaterra, na guerra pela conquista da independência do país e pelo fim do domínio colonial inglês. Depois da assinatura do Tratado de Paris, em 1783, os ingleses reconheceram a independência de sua ex-colônia e cederam uma grande quantidade de terras a oeste das treze colônias.

Essas terras ficavam a oeste dos Montes Apalaches e, durante a colonização, haviam sido causa de tensão entre colonos e ingleses. Os colonos queriam ocupá-las, porém as autoridades inglesas não permitiram para evitar hostilidades com as nações indígenas. Com a independência, os americanos iniciaram rapidamente a ocupação dessa região.

Além dessas terras obtidas com a independência, os Estados Unidos apossaram-se de outra grande quantidade de territórios a partir da diplomacia e da compra, como também pela guerra. Primeiramente, os territórios comprados ao longo do século XIX foram:

⇒ Luisiana, comprada dos franceses em 1803;

⇒ Flórida, comprada dos espanhóis em 1819;

⇒ Alasca, comprado dos russos em 1867.

A Luisiana foi comprada dos franceses, em 1803, por causa necessidade desse país em obter fundos para dar continuidade às guerras napoleônicas, que estavam acontecendo naquele momento na Europa. Os franceses aceitaram vender a região para os americanos por 15 milhões de dólares. No caso da venda da Flórida, o enfraquecimento dos espanhóis nessa região e as turbulências que enfrentavam na Europa possibilitaram a aquisição desse território pelos americanos. Para evitar uma guerra contra os Estados Unidos, os espanhóis venderam a região por 5 milhões de dólares.

Por fim, o Alasca foi vendido pelos russos em 1867, em razão das dificuldades financeiras que a Rússia enfrentava na época e pelo temor de perder a região para os britânicos sem receber compensação, caso esse território fosse invadido. O valor fixado foi de 7,2 milhões de dólares, e a compra do Alasca, à época, foi bastante criticada por causa das condições climáticas adversas do local.

A ocupação desenfreada do oeste americano foi incentivada por uma ideologia existente nos Estados Unidos da época e pelas condições ofertadas pelo governo americano. Durante o século XIX, foi formulada uma ideologia conhecida como Destino Manifesto, que afirmava serem os Estados Unidos predestinados (escolhidos) por Deus para formar uma grande nação. Essa “vocação divina” era utilizada como pretexto para justificar as violências cometidas contra os indígenas, por exemplo.

Já o incentivo do governo americano deu-se com o Homestead Act, ou Lei do Povoamento, decretado em 1862. Essa lei, instituída durante o governo de Abraham Lincoln, ofertava lotes de terra no oeste a um preço baixíssimo para americanos interessados e exigia em troca que a terra vendida fosse habitada e cultivada durante o período mínimo de cinco anos.

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