1º Ano - Formação dos Continentes

Formação dos Continentes

A Terra tem a idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos. A geologia, ciência que se dedica ao estudo do planeta, divide a idade geológica em eras, épocas, períodos, idades e fases.
No início a Terra apresentava sobre a sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo foram se concentrando em seu núcleo .




Há cerca de 3,9 bilhões de anos , o resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada sólida externa sobre a superfície terrestre , que é a crosta.


Surgimento da Crosta

Os gases provenientes da atividade vulcânica ficaram colados à Terra, cuja massa lhe proporcionou determinada gravidade, a qual atraiu as moléculas de gases mais pesados e menos quentes. Por este motivo, a Terra perdeu quase todo o seu hidrogénio e hélio, mas aprisionou as moléculas de azoto, oxigénio, vapor de água e dióxido de carbono, que formaram a camada a que chamamos "atmosfera". 

Surgimento da Atmosfera


Diminuiu a atividade vulcânica e o planeta começou a arrefecer consideravelmente, sobretudo por fora, na atmosfera, onde o vapor condensado da água provocou 100 milhões de anos de chuvas contínuas. Começaram a criar-se os oceanos. Durante este processo, parte do dióxido de carbono que tornava a atmosfera irrespirável dissolveu-se em água, formando carbonatos. 


PANGÉIA - O CONTINENTE ÚNICO

Até o começo do século 20, era consenso entre os cientistas de que, desde que a superfície terrestre se solidificou, os continentes estiveram sempre na mesma posição em que estão até hoje.

No entanto evidências científicas mostraram que isto não é verdade.

Após estudar muito o assunto o meteorologista alemão Alfred L. Wegener lançou uma hipótese diferente, afirmando que, no passado (200 milhões de anos ) os continentes formavam um único bloco, denominado de Pangéia e um só imenso oceano, Pantalassa. 

Pangéia




Em virtude das forças internas da terra a Pangéia teria sido dividida por um longo braço de mar, dando origem a duas grandes massas continentais: Gondwana e Laurásia.





Gondwana ao sul, abrangeria as atuais áreas da América do Sul, Índia, África, Nova Zelândia, Austrália, Antártida, Madagascar, além do Sri Lanka.

Laurásia, ao norte, incluiria as da América do Norte, Groenlândia, Ásia e Europa.

No período Cretáceo (136 a 65 milhões de anos atrás) este teria se dividido em várias partes, inclusive tendo se deslocado até atingir a configuração atual. Esta hipótese de Wegener é denominada hipótese da Deriva Continental.



Clique aqui para acessar o Infográfico sobre a formação dos continentes.

Evidências 

Wegener alegava que uma das evidências de que os continentes poderiam ter se separado estaria no próprio contorno deles.
  • Comparando a costa da América do Sul com a África você pode observar que os dois continentes são complementares. Além da semelhança entre os dois continentes existem outros indícios.
  • Há sinais de uma gigantesca glaciação ocorrida há uns 250 milhões de anos e esses sinais são encontrados em todas as áeas terrestres do hemisfério sul atual, como no Brasil, na África e na Índia. Indicando que estes continentes estiveram unidos no passado e sujeito as mesmas condições climáticas.
  • O fóssil do pequeno réptil Mesossauro encontrado no Brasil e na África é uma explicação de que os continentes estiveram juntos.
  • Brasil e África têm ainda rochas sedimentares iguais, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e 150 milhões de anos atrás.
  • Há cerca de 300 milhões de anos, florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do Brasil e da África, a Austrália e a Índia existem depósitos de carvão com a mesma idade.
  • Novas provas vieram do mar, com a invenção do submarino e a eclosão da Segunda Guerra Mundial , neste período era importante do ponto de vista militar conhecer o fundo do mar. Descobriu-se grandes elevações e depressões da crosta terrestre no fundo do oceano, algumas dessas depressões chegam a atingir 11 mil metros de profundidade onde há uma intensa atividade tectônica alterando a posição dos continentes.

Placas que se movem (Teoria da Tectônica de Placas)
Hoje sabe-se que a superfície terrestre não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre o magma. Portanto a teoria desenvolvida por Alfred Wegener, a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou astenosfera.
Em razão dos movimentos tectônicos, a placa Sul-americana afasta-se da Africana a velocidade de 2 cm por ano. Verifica-se também um afastamento entre a África e a Ásia, na região da península arábica, com a tendência do mar Vermelho aumentar de largura, originando um oceano. Além disso, as zonas sísmicas ou de terremotos e de vulcanismo encontram-se na faixa de contato entre as placas que são áreas de instabilidade geológica.


Se a Pangeia fosse hoje: é assim que o mundo moderno se pareceria se fosse um supercontinente



O que você vê acima é um mapa do supercontinente Pangeia com as fronteiras geopolíticas contemporâneas. Ou seja, um mapa moderno, com características geológicas que não existiam 300 milhões de anos atrás, com as suas diversas partes deslocadas para a posição geral teriam ocupado antes de Pangeia começar a se “quebrar”

 Vídeos:



Fonte:
http://clickgratis.blog.br/bionatureza/
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2620/1/PANGEIA---O-CONTINENTE-UNICO/Paacutegina1.html
http://hypescience.com/pangeia-e-assim-que-o-mundo-moderno-se-pareceria-se-fosse-um-supercontinente/

Postagens mais visitadas deste blog

Floresta Temperada - 8 ANO

Projeções cartográficas: como o globo se transforma em mapas planos - 6ºANO

O que é especulação imobiliária?