Fatores Climáticos

 Estamos constantemente ligados a elementos climáticos do nosso planeta, muitas vezes sem perceber. Os fatores climáticos fazem parte da nossa vida, quando, por exemplo, comentamos sobre o clima por falta de outro assunto ou assistimos à previsão do tempo no jornal.

Quase sempre, estamos cercados dessas noções temporais e climáticas sem muita consciência da sua importância. Chegou a hora de mudar isso e entender mais sobre elementos e fatores climáticos. Vem com a gente!

O que são fatores climáticos?

Quando você está se preparando para praticar uma caminhada, jogar futebol com os amigos ou até mesmo ir à praia, normalmente busca saber antes como será o tempo daquele dia, para decidir se vai valer a pena ou não prosseguir com a atividade. Nesse sentido, você buscará saber se fará sol ou chuva.

Portanto, o tempo refere-se às pequenas variações que ocorrem momentaneamente em determinada região a ser analisada. Mas, quando você viaja para um lugar onde não está acostumado, normalmente buscará saber, também, qual é o clima desse destino.

Qual a diferença? Na hora de comprar a passagem, você não quer saber se está chovendo naquele momento, mas sim as condições do clima em determinada época do ano.

Essa noção de tempo mais extensa, com menos alternância momentânea, é chamada de clima. Para se obter uma base real desses fatores de longo prazo é preciso no mínimo de 30 anos. Por isso, o clima é um elemento que varia muito menos do que o tempo.

Ainda querendo saber as condições climáticas do seu destino de viagem, algo essencial para a noção sobre o clima de determinada região será a relação de fatores climáticos que ela apresenta.

Os fatores climáticos são elementos que influenciam o clima de uma região, podendo ser naturais ou não. Esses fatores são os responsáveis, por exemplo, por dizermos que uma região é úmida e outra é mais seca.

Sabendo dessa noção básica, que tal descobrirmos quais são os principais fatores climáticos?

Quais são os fatores climáticos?

Sendo os fatores climáticos elementos que interferem diretamente nas condições climáticas de determinado local, podemos conceber que eles estão relacionados com altitude, latitude, massas de ar, maritimidade, relevo, vegetação e correntes marítimas.

Latitude

Está relacionada à noção de que as regiões mais próximas à Linha do Equador, ou seja, as de baixa latitude, tendem a ter um aumento de temperatura na maior parte do ano. E as regiões mais distantes da Linha do Equador tendem a apresentar temperaturas mais baixas. Por isso que, em países como o Canadá ou a Rússia, faz mais frio do que no Brasil ou na Arábia Saudita.


Altitude

Segue a mesma lógica da anterior, só que em um nível mais terreno. No caso, regiões de maior altitude, como montanhas muito altas, tendem a ter uma temperatura mais baixa do que regiões mais próximas ao nível do mar. Tem uma relação muito forte com a pressão atmosférica, ou seja, onde está mais próximo do nível do mar será menos frio; onde está mais distante, será mais frio.


Maritimidade

Nesse fator, o que consta é a relação do mar com o continente. Uma cidade litorânea tende a ter maior teor de umidade do que uma cidade distante do oceano. Isso ocorre devido à evaporação constante da água dos mares. Portanto, uma cidade litorânea como Santos tende a ser mais úmida do que uma cidade no centro de Goiás.


Correntes marítimas

Influenciam o nível de umidade e, por consequência, o clima de determinada região. Por exemplo, onde o mar é mais quente, a água tende a evaporar mais rápido, tornando assim aquele lugar mais úmido. Onde o mar é mais frio, a evaporação leva mais tempo, não aumentando tanto o nível de umidade.


Vegetação

Aqui o que conta são as plantas. Quanto mais habitada de vegetação uma região for, mais úmida será e menos incidência de raios solares receberá, devido à capacidade das plantas de absorver e refletir o sol. Portanto, regiões com menos árvores e plantas tendem a ser mais secas e quentes, e regiões mais povoadas de fauna e flora costumam ser mais úmidas e refrescantes.

Massas de Ar

As massas de ar são movimentos climáticos muito importantes que alteram o clima onde quer que apareçam. No caso, seguem a mesma lógica de latitude: as massas que surgem mais próximas da Linha do Equador tendem a ser mais quentes e levar calor para as regiões onde chegam, e as massas derivadas das regiões dos polos são mais frias. Essas massas ocorrem quando há movimentação de ar devido às diferenças de pressão atmosférica do planeta.


Relevo

Em locais com maior número de montanhas, a tendência é ter menos dispersão do ar, o que atrasa a chegada desse ar às regiões próximas e faz com que o clima seja mais quente ou menos fresco. Esse relevo de formações rochosas influencia também as massas de ar ou a umidade que eventualmente podem chegar a essas regiões.


A disposição das cadeias montanhosas, ou outras formas elevadas de relevo, pois também facilitar ou dificultar a circulação dos ventos e, portanto, a troca de calor e de umidade entre regiões.

Temos por exemplo, o Planalto da Borborema no Nordeste,  no qual muitos afirmam ser o principal causador do clima semiárido predominante na região.

O ar úmido que sopra do mar para o interior, ao encontrar a Borborema, é obrigado a se elevar para vencer o obstáculo. Com esta subida do ar úmido, ele se expande, provocando o abaixamento de sua temperatura e consequente condensação do vapor d’água, formando as gotículas de nuvem e gotas de chuva. Esta chuva cai no lado oceânico da serra. Assim, o ar que continua fluindo para o interior está mais seco (e mais quente), pois sua umidade ficou para trás.
 

 

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